A mitologia brasileira como você (quase) nunca viu. Provavelmente.

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Contos do Baquara: A Noite do Saci, parte 4 – final

Feliz 31 de outubro para todos! Que a Grande Abóbora traga os melhores e mais sinceros presentes que vocês possam desejar! Um deles já está aqui: a última parte deste conto! Então, sem mais delongas, vamos a ela: nos falamos de novo a seguir!

Ao sair de casa para ir atrás do irmão, Davi não esperava muita dificuldade para encontrá-lo. Não imaginava que Mateus usaria o mesmo truque que tantas vezes lhe tinha dado a vitória nos jogos de esconde-esconde quando pequenos: fazer o outro pensar que tinha ido para um lado quando, na verdade, fora pelo lado oposto. Assim, o irmão mais velho passou horas procurando-o na parte errada da mata.

Quando estava quase desistindo, ouviu um ruído entre as folhagens. Apontou o farolete naquela direção, mas não viu nada além de árvores. O ruído soou novamente, desta vez um pouco acima de onde estava. “Devem ser macacos”, pensou. E como estava próximo ao ribeirão, decidiu aproveitar para matar a sede.

Ao chegar à beira da água, apagou a lanterna a fim de economizar as baterias. Não sabia quanto ainda precisaria delas. A noite estava clara, e o ribeirão, de águas tranquilas, refletia a imagem da lua cheia no céu.

Exceto pelo ruído da própria água, o silêncio era absoluto. Nenhuma coruja, nenhum inseto, nem mesmo a brisa faziam qualquer barulho. Davi achou aquilo estranho. Foi quando, novamente, ouviu alguma coisa se mexendo nas folhagens atrás dele. Rapidamente, ligou o farolete e o apontou para a floresta. O que viu fez com que seus poucos fios de cabelo se arrepiassem.

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Contos do Baquara: A Noite do Saci, parte 3

Com algumas horas de atraso (maldito remédio pra tontura que me deixa com mais sono que as aulas de Matemática do colégio!), trazemos hoje a terceira parte do conto. Estejam preparados porque semana que vem teremos a incrível conclusão! E não se esqueçam: compartilhem e mostrem aos amigos!

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Esclarecimentos, desculpas e mais

Bom dia, galera! Depois de quatro meses, finalmente temos uma novidade (sacis já deveriam estar arrancando a perna de impaciência). Mas antes de irmos a ela, alguns esclarecimentos.

Nos últimos meses, muitas coisas têm acontecido na minha vida – nem todas elas boas. Por causa disso, estou com dificuldades de encontrar tempo, inspiração e, principalmente, ânimo para escrever. Não vou entrar em detalhes, mas posso dizer que o projeto da saga Baquara definitivamente não parou! Apenas quero pedir desculpas se, pelos próximos meses, as coisas derem uma esfriada. Vou fazer o possível para evitar isso, mas nada é garantido. Agora, sim, às novidades:

Já há alguns meses estava com uma ideia de divulgação através de vídeos. Mas não tinha conseguido colocá-la em prática… até agora! Contemplem, portanto, o primeiro audioconto do nosso projeto! Agradecimentos especiais a todos que fizeram possível torná-la realidade: meus pais, minha irmã, meu sobrinho e todos os meus amigos que gastaram seu tempo e esforço para gravar as vozes dos personagens. E a você, que lê estas linhas, que também é alguém essencial para o sucesso deste projeto!

Agora, sem mais delongas, fiquem com o audioconto. Esperamos que gostem! E não esqueçam: se ainda não curtiram a nossa página no Facebook, curtam para ficarem por dentro das novidades!

A face esquecida dos mitos

Como vocês já devem saber, o principal objetivo do projeto Baquara é resgatar as versões originais dos mitos mais sanguinários de nosso folclore. Não é uma tarefa fácil. Especialmente porque quando falamos em folclore brasileiro a reação das pessoas costuma ser algo entre “aff, que coisa mais chata” e “ah, sim, Monteiro Lobato e Mauricio de Sousa, né? Lembro quando a gente fazia cartazes sobre isso na segunda série”. Uns poucos reagem com maior empolgação, geralmente aqueles para quem os pais ou avós contavam essas histórias na infância. Esses, naturalmente, não foram tão afetados pela, digamos, politicamentecorretização – pra não dizer infantilização mesmo – de nossos mitos. Mas nem sempre foi assim… (mais…)

Contos do Baquara: A Vendedora e o Lobisomem, final

E finalmente trazemos a terceira – e última – parte deste conto que apresentou uma versão diferente do Lobisomem tradicional. Se você gostou, divulgue para seus amigos! Voltaremos em breve com mais Contos do Baquara; enquanto isso, não deixem de comentar, compartilhar e curtir nossa página no Facebook!

Ah, e para quem não leu as primeiras partes, basta clicar AQUI e AQUI!

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Contos do Baquara: A Vendedora e o Lobisomem, parte 2

E aí galera, tudo beleza? Estamos aqui com a segunda parte deste conto que já está causando uma sensação na internet… uma sensação de frustração porque até agora ninguém comentou nada sobre ele. Mas whatever, isso não vai me impedir de continuar postando. E um dia isto aqui se tornará uma franquia cult, vocês vão ver. Ou não.

De qualquer forma, fiquem com a segunda parte da história. Caso queiram (re)ler a primeira, cliquem AQUI! See ya o/

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Contos do Baquara: A Vendedora e o Lobisomem, parte 1

FALA GALERA! Tudo certo? Peço desculpas pela ausência de postagens no(s) último(s) mês(es), mas a vida anda corrida e nem sempre o sucesso de nossos planos depende apenas de nós mesmos. Mas agora eu encerrei um compromisso de mais de dois anos e pretendo dedicar mais tempo à saga. Por isso, sem mais delongas, vamos à primeira parte do conto de hoje!

O Lobisomem sempre foi o monstro – nacional ou não – que mais me instilou medo (isto é, até eu começar a prestar atenção no atual cenário político mundial, mas isto não vem ao caso). Assim, nada mais natural que eu o escolhesse, nesta Quaresma, para dar início à série dos Contos do Baquara aqui no blog. Para este conto, claro que escolhi mostrar a versão brasileira do mito, na qual o sujeito é amaldiçoado por ter tido o infortúnio de ter sete irmãos ou irmãs mais velhos (como se isso, por si só, já não fosse maldição suficiente). Parece uma superstição boba e até mesmo simplória, mas nem por isso o sofrimento do personagem principal – e mais ainda: de sua família – é menor do que se ele fosse filho único e tivesse sido mordido por outro lobisomem.

O título, obviamente, é uma referência ao clássico O Coronel e o Lobisomem, de José Cândido de Carvalho. Então, sem mais delongas, vamos à história!

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